sábado, 27 de novembro de 2010

Fênix


"Como consegui suportar? Como conseguir suportar com espírito elevado semelhantes feridas? Como ressuscitou minha alma desses túmulos?
Sim? Há algo íntegro em mim, qualquer coisa que não se pode enterrar e que faz rolar os rochedos; denomina-se a minha vontade. Essa atravessa os anos silenciosa e imutável.
A minha antiga vontade quer andar com passadas normais; sua razão é dura e invulnerável!
Eu sou vulnerável apenas no calcanhar!
'Assim vive você sempre, pacientíssima, igual a você mesma. Passou sempre todos os túmulos!
Em você ainda vive o irresgatável da minha mocidade, e viva e jovem permanece sentada, esperançosa, sobre as amarelas runínas das sepulturas.
Sim; você para mim é ainda é a destruidora de todos os túmulos. Salve, minha vontade! E só onde há sepulturas é que há ressurreições."
Assim falava Zaratustra.

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