quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Amor, meu GRANDE amor!


"Meu Deus! Um minuto inteiro de felicidade! Afinal, não basta isso para encher a vida inteira de um homem?..."

Noites Brancas, Fiódor Dostoiévski.


Acabei de ler esse conto. Nunca chorei tanto em minha vida com qualquer obra de arte. Que profundidade em uma linguagem tão rápida , simples e impactante! As palavras parecem uma mão que puxam teu coração em diversas direções a cada entendimento do que há escrito. Uma diversidade de sensações vem à tona: tristeza, solidão, pena e orgulho de mim mesmo... felicidade, desespero, mágoa... um sentimento de vazio... É como se minha memória tivesse montado um confuso nó sobre tudo que já vivi. Meu passado tornou-se um laço emaranhado esta noite. E é essa a intenção deste gigante: apontar a diversidade absurda que é a vida, confundir os teus nervos e fazer-te procurar as respostas no caos, no intenso, naquilo quem em senso comum denominamos erroneamente de "anormalidade" ou "loucura". Aceitar as naturais exaltações "patológicas" e o vazio humano, eis o caminho. Definitivamente um gênio, e um dos maiores que já existiu, sem dúvida. Meu amor, meu grande amor.

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