domingo, 19 de junho de 2011

E.T


Ensinamo-nos a falar, e de tanta inquietude quis guardar todo o mundo em palavra.

Frustrou-se com os limites da linguagem e se sentiu só.

Despiu-se da vaidade explicativa do mundo e de nós fez-se em silêncio solene.

Tanta sapiência o distanciou do sangue humano. Egoísmo despir-se de ser a si e ser o Ser? Não sabe responder-se, apenas se sentiu solitário no leito da contemplação do não dito.

Incompreendido da palavra e mais ainda da desistência do verbo, fez-se híbrido entre pensamento e vazio.

E desde então *

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