segunda-feira, 19 de julho de 2010

Estrangeiro


Invejo-me
pois deixei-me.
Restou-me a ausência de mim.

Infelicidade é latência.
Caminha a alma ambígua
(a memória na língua)
adiante.

E sigo errante, moribundo,
estrangeiro à história
de meu mundo.

Mas essa solidão,
essa angústia,
esse "não sei" até sabe Deus quando
põe-me pra frente como nunca.

3 comentários:

  1. Você escreve para mim, porque me entende, né?!
    Te amo demais!

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  2. E foi vivendo denso em seu limite de homem fragmentado que Torquato poetou.

    ...eu sou como eu sou, pronome pessoal intransferível do homem que iniciei na medida do impossível. Eu sou como eu sou agora, sem grandes segredos dantes, sem novos secretos dentes... nessa hora.

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  3. Estrangeiro de si é homem em meio à solidão.
    Errante, confuso...
    Gabriel muito massa seus poemas, curtos porém não menos pequenos ou raos, pelo contrário são fortes.
    Parabéns!

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