
"Como consegui suportar? Como conseguir suportar com espírito elevado semelhantes feridas? Como ressuscitou minha alma desses túmulos?
Sim? Há algo íntegro em mim, qualquer coisa que não se pode enterrar e que faz rolar os rochedos; denomina-se a minha vontade. Essa atravessa os anos silenciosa e imutável.
A minha antiga vontade quer andar com passadas normais; sua razão é dura e invulnerável!
Eu sou vulnerável apenas no calcanhar!
'Assim vive você sempre, pacientíssima, igual a você mesma. Passou sempre todos os túmulos!
Em você ainda vive o irresgatável da minha mocidade, e viva e jovem permanece sentada, esperançosa, sobre as amarelas runínas das sepulturas.
Sim; você para mim é ainda é a destruidora de todos os túmulos. Salve, minha vontade! E só onde há sepulturas é que há ressurreições."
Assim falava Zaratustra.
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