Se engana quem da ida do inverno assiste a esquiva da dor. Flores são flores. Ser dói para ser. Entre o adeus frio, cáustico e cruel da ordem da mundo, entre o gelo espremendo molhado e duro os nervos, entre a nevada de dor e a matéria rósea, amarelada, vermelha ou alva da flor, há o querer. Porque as flores não nascem com a fuga do inverno, elas germinam porque querem.
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